sábado, 29 de julho de 2017

Aliados de Temer e oposição definem últimas ações para votação da denúncia






Sessão destinada à análise da denúncia contra o presidente está marcada para o próximo dia 2. Presidente receberá aliados neste fim de semana; oposição tem reunião prevista o início da semana.



A quatro dias da votação pela Câmara da denúncia contra o presidente Michel Temer, o governo e os parlamentares aliados afinarão neste fim de semana as estratégias para barrar o prosseguimento do processo para o Supremo Tribunal Federal. A sessão está marcada para quarta-feira (2).
Neste domingo (30), Temer comandará em Brasília uma reunião com ministros e deputados da base aliada para discutir a votação. O encontro está previsto para o Palácio do Jaburu, assim como têm sido as últimas reuniões para discutir a denúncia.
Com o objetivo de desgastar a imagem de Temer, a estratégia – praticamente definida – da oposição é a seguinte: não registrar a presença em plenário e adiar a votação.
Nos bastidores, deputados contrários a Temer avaliam que o cenário atual é favorável ao presidente, ou seja, que há a possibilidade de a denúncia ser rejeitada pelo plenário.
Por isso, está prevista para a próxima terça (1º), véspera da votação, uma reunião na Câmara dos líderes de partidos e deputados da oposição.
>> Leia detalhes sobre as estratégias de Temer e da oposição mais abaixo
A denúncia da PGR
Com base nas delações de executivos do grupo J&F, que controla a JBS, Temer foi denunciado ao Supremo Tribunal Federal pela Procuradoria Geral da República, por corrupção passiva.
O STF só poderá analisar a denúncia, porém, se a Câmara autorizar. Para o processo seguir para a Corte, são necessários os votos de, pelo menos, 342 deputados contra Temer.
Antes de a denúncia ser analisda pelo plenário, foi discutida na Comissão de Constituição e Justiça. Na CCJ, o governo conseguiu uma vitória.
Após uma série de trocas de integrantes, articulada pelo Palácio do Planalto, a CCJ rejeitou o parecer de Sergio Zveiter (PMDB-RJ), favorável à denúncia, e aprovou o relatório de Paulo Abi-Ackel (PSDB-MG), que recomenda a rejeição da denúncia. Este é o parecer que será votado em plenário.

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